quarta-feira, 20 de junho de 2012

Porto - Lagos, 2ª Etapa, Figueira da Foz - Nazaré

97Km
04-06-2012

Este post relata a segunda de cinco etapas de uma viagem de bicicleta do Porto a Lagos. A primeira etapa pode ser lida aqui

Depois do pequeno almoço tomado e de um aquecimento a jogar à bola com a cadela dos donos do hostel PaintShop lá procedemos com o checkout e fizemos-nos à estrada. Nesta etapa começamos logo a meter água na navegação. Em vez de seguirmos as placas a dizer Leiria fomos até à praia para dali seguir para sul pela marginal. Um par de quilómetros depois estávamos parados a olhar para o mapa e a tentar perceber a melhor maneira de subir para a ponte que atravessa o Mondego. A ponte estava bem visível, o caminho para lá chegar de bike é que nem por isso. Em vez de voltar atrás decidimos continuar e cerca de um km depois lá encontramos uma placa branca a indicar Leiria só que estava acompanhada por outra que nos proibia de ir por ali.



Ainda disse ao Short que por ali íamos para a autoestrada mas ele olhou para a estrada e disse qualquer coisa do género "para a autoestrada temos de virar ali à frente à direita, nós vamos pela esquerda". Quinhentos metros depois estávamos a entrar para a autoestrada. Felizmente a autoestrada acabava ali perto, com a saída para a ponte sobre o Mondego mas nem por isso deixou de ser um dos troços mais aterradores de toda a viagem.

Atravessada a ponte decidimos que já tínhamos visto o suficiente de autoestradas ou estradas com perfil de autoestrada e seguimos por um caminho mais litoral, na tentativa de encontrar a N109. A estrada parecia-nos ir no sentido correcto mas não vimos placas durante uns quilómetros por isso o Short achou por bem parar e perguntar se estávamos no caminho certo, por incrível que pareça, estávamos mesmo, aquela estrada era a N109 que nos iria levar a Leiria.
Porque e que não fomos por aqui?
Se calhar era fácil demais...

No caminho para Leiria passamos por Amor. Analisando agora no mapa, calmamente e há distância, tipo treinador de bancada, era por aqui que deveríamos ter ido. Não seria necessário passar por Leiria, teríamos evitado a horrível N242 e ainda poupávamos alguns quilómetros. Esta N242 liga Leiria à Marinha Grande e em termos de estradas nacionais foi do pior que apanhamos porque tem bastante trânsito, muitos camiões e faixas bastante largas que potenciam grandes velocidades ao tráfego automóvel. Tem também subidas prolongadas e com bastante inclinação que para nós até seriam uns obstáculos divertidos de transpor não fosse estar a levar com tangentes de camiões a passar a alta velocidade quando nós nem conseguimos passar dos 15 km/h.

Concentradíssimo 
É fácil, segue, segue, segue...

Da Marinha Grande até à Nazaré a estrada faz-se muito bem e é bastante agradável. Chegamos à Nazaré por volta das 14h e depois foi só descer até à praia, esperando não ter de subir aquilo tudo na etapa seguinte. Às 14h30 já estávamos confortavelmente instalados e abrigados do forte sol na esplanada de um restaurante a almoçar.

Chegada à Nazaré
Biclas estacionadas
Ciclistas a almoçar
Sol e calor

Mais uma vez não tínhamos nenhuma ideia onde iríamos ficar hospedados mas na Nazaré não é preciso procurar, há um batalhão de mulheres munidas de cartazes a dizer "quartos, rooms, chambres" e a perguntar a tudo o que tem cara de ser forasteiro se precisa de um quarto. Lá nos decidimos ficar por um desses quartos cuja senhoria garantia ser em condições, "tem casa de banho privativa e tudo" e acrescentava "se quiserem podem levar as bicicletas para lá". A minha bike ficou na divisão polivalente que era marquise, varanda, ou como ficou mais conhecida "casa de banho privativa". O Short preferiu dormir com a dele... São gostos...

Casa de banho? Varanda? Marquise?
Eu hoje durmo acompanhado

Depois da sesta, houve ainda tempo para relaxar com uns banhos de mar. O Sol encontrava-se agora encoberto por nuvens e o calor já era. A água, essa estava excelente.

Sem comentários:

Enviar um comentário